Por: Ronaldo Damaceno |Mentoria Acreditare GAP
Como entender economia fortalece decisões, orienta indicadores e amplia a capacidade de análise dos gestores que buscam excelência.
Economia e Gestão: duas ciências que caminham juntas
Muitos gestores acreditam que economia é um tema distante, reservado a governos, bancos e analistas de mercado. Porém, economia e gestão estão entrelaçadas na estrutura que sustenta qualquer negócio. A economia estuda como pessoas e organizações decidem diante da escassez; a gestão organiza essas escolhas para transformar recursos em valor.
Quando o gestor entende essa conexão, ele deixa de administrar apenas tarefas e passa a administrar cenários, possibilidades, riscos, comportamentos, tendências e oportunidades.
Macroeconomia: o ambiente externo que molda o desempenho da empresa
A macroeconomia observa o comportamento da economia como um todo. Ela revela o “clima” em que a empresa opera. Ela é o conjunto de variáveis que influenciam custos, demanda, investimentos e consumo.
Principais conceitos que o gestor precisa dominar:
PIB (Produto Interno Bruto): o termômetro do aquecimento do mercado
Quando o PIB cresce, há mais consumo, mais circulação de dinheiro e mais oportunidades de vendas. Se ele cai, o mercado encolhe. Os gestores atentos à economia, ajustam metas e estratégias conforme esses movimentos.
Inflação: o inimigo silencioso das margens
A inflação aumenta custos, corrói o poder de compra dos clientes e exige reajustes. Se o gestor ignora a inflação, erra no preço, perde margem e compromete o caixa.
Juros: o custo do dinheiro
Taxas altas retraem crédito e investimentos. Taxas baixas estimulam expansão, estoques, maquinários e inovação.
Câmbio: o impacto invisível nos insumos
O câmbio afeta fornecedores, concorrentes e o preço final. Muitas coisas estão atreladas ao câmbio, onde, qualquer alteração, afeta direta ou indiretamente nos custos.
Desemprego: a força da renda no consumo
Mercado com mais emprego = mais gente comprando. Desemprego alto = demanda retraída. Quando o gestor passa a monitorar esses indicadores, ele entende o vento que sopra a favor ou contra.
Microeconomia: o funcionamento interno que sustenta o resultado
Se a macroeconomia é o clima, a microeconomia é o terreno. Ela explica como clientes, empresas e mercados se comportam individualmente.
Conceitos essenciais que o gestor precisa enxergar dentro da empresa:
Bens e Serviços
Todo negócio entrega valor de duas formas:
- Bens: produtos tangíveis, estoque, capacidade de produção.
- Serviços: experiências, atendimento, confiança, pós-venda.
Gestores precisam entender que o valor percebido é o que realmente define a demanda.
Oferta e Demanda
A demanda indica quanto o cliente quer comprar. A oferta indica quanto a empresa pode entregar. Quando essas forças se equilibram, nasce o preço ideal, a escala de produção e a estratégia comercial.
Elasticidade
O cliente aceita reajuste? Ou troca facilmente por concorrentes?
Elasticidade é fundamental para definir preços, pacotes e posicionamento.
Custo, Margem e Escala
Microeconomia é a ciência que explica como crescer com sustentabilidade.
Tendências: o olhar para onde o mercado vai
Tendências são movimentos que alteram comportamento, preço, consumo e expectativas. O gestor precisa interpretar sinais como:
- mudança nos hábitos dos clientes,
- entrada de novos concorrentes,
- digitalização,
- novas tecnologias,
- novas regulações,
- novos padrões de qualidade.
Tendência é leitura inteligente do presente, com base na economia.
OKR x KPI: conectando objetivos à visão macroeconômica da empresa
Aqui começamos a aproximar seu material da prática da gestão.
OKR Objective and Key Results (Objetivos e Resultados Chave): o macro da gestão estratégica
OKR define onde a empresa quer chegar. Ele traduz a visão estratégica em objetivos claros, mensuráveis e inspiradores.
Exemplo:
O: Aumentar competitividade no mercado
KR: Reduzir custos em 12% com eficiência operacional
→ Esse é o “PIB interno”, o indicador que mede vitalidade.
KPI: os micros que sustentam o resultado
KPI – Key Performance Indicator (Indicadores chaves de Performance), são as entregas e indicadores táticos que sustentam os OKRs.
Exemplo:
- Taxa de retrabalho
- Lead time de atendimento
- Produtividade por colaborador
- Custo por operação
OKR é o destino. KPI é o caminho.
Macroeconomia é o cenário. Microeconomia é a operação.
Tudo se conecta.
Indicadores Macros e Micros da Empresa: a visão holística para decisões melhores
Indicadores Macros (a “economia interna da empresa”)
- Faturamento
- Margem de contribuição
- EBITDA
- Fluxo de caixa
- Crescimento de mercado
- Satisfação e retenção de clientes
- ROI/ROE
- Eficiência operacional global
São indicadores que só se movem quando a empresa muda seu comportamento estrutural.
Indicadores Micros (os impulsionadores do dia a dia)
- Produtividade individual
- Taxa de conversão
- Ticket médio
- Tempo de ciclo
- Taxa de erros
- Reclamações
- Custo por operação
- Atendimento x SLA
- Ocupação de recursos
São indicadores da operação viva. Eles movem os macros. Sustentam decisões. Revelam gargalos invisíveis.
Por que o gestor precisa enxergar tudo isso?
Empresas quebram porquê falta leitura sistêmica.
A empresa é uma economia. O gestor é o economista dessa economia. Ele precisa:
- entender o mercado interno (processos),
- entender o mercado externo (economia),
- conectar indicadores,
- antecipar movimentos,
- agir com foco,
- decidir com maturidade.
É isso que distingue um gestor comum de um gestor de alta performance.
Economia aplicada à gestão: a bússola que orienta decisões
No fim, quando unimos economia e gestão, percebemos que nenhuma empresa vive isolada: ela respira o mercado, responde às mudanças do ambiente econômico e sustenta seu desempenho por meio das escolhas diárias do gestor. Entender macroeconomia e microeconomia é um ato de sobrevivência estratégica.
A vitalidade do negócio nasce da clareza sobre bens, serviços, oferta, demanda, tendências, custos, margens e comportamento do cliente. E se consolida quando esses elementos se transformam em indicadores que orientam o caminho, como OKR para direção e KPI/indicadores operacionais para sustentação diária.
Um indicador quando mal definido, confunde. E quando isso acontece, a empresa anda em círculos, perde ritmo, dispersa energia e entrega menos do que poderia.
Por isso, gestores que aspiram alta performance precisam desenvolver a maturidade de interpretar o cenário, conectar números à estratégia e agir com visão holística.
É justamente aqui que a presença de um consultor ou mentor faz toda diferença. Alguém que ajuda você a interpretar os sinais econômicos, alinhar metas ao contexto da empresa, estruturar indicadores macro de gestão e criar indicadores micro que sustentem o fluxo diário de resultados.
O que Acreditare Gestores pensa sobre isso
Um profissional externo traz clareza, reduz vieses, acelera a tomada de decisão e integra a empresa ao seu propósito — aquilo que a Acreditare tanto defende:
- Ame o conhecimento,
- Creia na estratégia,
- Reinvente sua gestão,
- Encante-se pelos indicadores,
- Diferencie-se pela visão sistêmica,
- Integre mercado e operação,
- Transforme resultados,
- Admire sua evolução,
- Respire melhoria contínua e
- Empodere-se para liderar seu futuro.
No mundo corporativo, quem lê o mercado escolhe melhor seus movimentos. Quem domina a gestão econômica, constrói vantagem competitiva.
E quem caminha acompanhado por um mentor, avança mais rápido, com mais segurança, mais confiabilidade e mais sustentabilidade, exatamente como ensina a filosofia Acreditare.
Ronaldo José Damaceno
Mentor em Alta Performance que une Filosofia, Mentalidade e Excelência para formar Líderes Inabaláveis